Ó impulso de contratação de negócios registou o nível mais elevado do ano em julho – mas a continuação do interesse no aumento das vagas de emprego, por parte dos empresários, é desconhecida até ao final do ano. A análise é de Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). Ele fez a observação ao comentar o aumento de 2,2 pontos do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) em julho, para 83,8 pontos. Além de levar o índice ao melhor patamar desde setembro de 2022 (83,8 pontos), foi a alta mais forte do IAEmp desde dezembro de 2023 (2,3 pontos).
Para o especialista, o aumento da confiança empresarial nos vários setores levou a uma maior vontade de abertura de vagas, até julho. Mas faça uma reserva. O segundo semestre traz algumas incertezas no mercado interno e no cenário externo, o que pode aumentar a cautela com a economia brasileira e inibir novos aumentos do IAEmp, disse.
“O que temos neste primeiro semestre é uma trajetória muito influenciada pelos desempenhos positivos da indústria e do comércio”, acrescentou o técnico. O especialista destacou que estes dois setores tiveram um desempenho menos favorável no ano passado, mas recuperaram este ano. “Foram atividades que mais sofreram no ano passado e que agora estão a recuperar”, resumiu.
A resiliência da economia brasileira também foi um fator de influência para o bom desempenho da taxa do indicador, observou. O especialista comentou que a economia tem apresentado bons resultados, com sinais de forte demanda. Isso na prática deixa o empresário mais confiante, e mais disposto a abrir novas vagas, para atender uma demanda maior, disse.
No entanto, quando questionado se o IAEmp poderia continuar a subir, Tobler foi cauteloso. O especialista comentou que, diferentemente do primeiro semestre, o segundo semestre apresenta algumas incertezas que podem afetar o andamento da economia e, consequentemente, reduzir o interesse do empresariado por novas vagas.
Um aspecto que ele mencionou é o fato de o comércio, no primeiro semestre, ter sido favorecido por taxas de juros mais baixas, influenciado pelos cortes na taxa básica de juros (Selic) em 2023. A Selic orienta as taxas de juros do mercado, mas seu efeito sobre o a economia real leva tempo para acontecer e leva cerca de seis meses. O técnico destacou que as previsões do mercado não apontam perspectiva de novos cortes na taxa Selic nos próximos meses. Ou seja: no segundo semestre, as taxas de juros de mercado, como as do comércio, por exemplo, podem não ser tão favoráveis.
Outro fator interno que pode desacelerar o avanço da economia é o fato de ainda haver muita discussão na área fiscal, em relação aos cortes nos gastos governamentais. A preocupação com questões fiscais é um ponto de tensão entre o governo e o mercado que, por vezes, leva à piora das expectativas de inflação e de outros indicadores macroeconômicos.
Do lado externo, o técnico comentou a recente instabilidade do mercado, com temores de recessão nos Estados Unidos. Isto porque os dados de emprego daquele país foram mais negativos do que o esperado. A instabilidade no exterior normalmente influencia as flutuações cambiais, o que não é bom para a economia, observou ele.
“Temos que olhar com atenção para esses fatores, pois eles afetam a atividade econômica brasileira como um todo”, explicou, reiterando que os empresários não pensam em abrir vagas quando a economia não vai bem.
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