O projeto da rupia digital (“e-rúpia”), a moeda digital do Banco Central da Índia (CBDC), atingiu 5 milhões de utilizadores durante a sua implementação faseada. Enquanto isso, o piloto da Drex, a CBDC brasileira, ainda está fechado à população, embora já tenha testado a “tokenização” de depósitos bancários e a negociação de títulos públicos federais registrados em blockchain.
A comparação chama a atenção para a escala que o piloto indiano já alcançou. João Aragão, estrategista de tecnologia da Microsoft envolvido no projeto Drex, afirma que a Índia já conseguiu colocar o projeto à prova para tanta gente porque vem desenvolvendo seu CBDC há mais tempo. A “sandbox” da rupia digital começou em dezembro de 2020, enquanto o Drex foi lançado em 2023. O desenvolvimento mais recente da iniciativa foi a integração da Interface Unificada de Pagamentos (UPI), a plataforma de pagamentos indiana semelhante ao Pix, com CBDC através do Yes Bank.
Porém, Aragão deixa claro que se trata de projetos com escopos diferentes, pois o Drex pretende ser compatível com outras inovações trazidas pelo Banco Central como Pix e open finance. “É possível integrar o Pix com o Drex em um contrato inteligente dentro do blockchain”, afirma. Com isso, o sistema financeiro brasileiro poderia agregar a programabilidade de transações permitida pelo Drex, sistema de liquidação atômica em que a titularidade de um ativo e o dinheiro permanecem no mesmo ambiente, com a instantaneidade e facilidade que já existem com o Pix.
Juliana Felippe, diretora de receitas da Transfero, afirma que Índia e Brasil também têm semelhanças, pois são dois países com a característica de serem pioneiros na adoção de novas tecnologias. “A Índia quer fazer isso de forma faseada e o Brasil quer abrir com segurança. Os pilares de segurança e privacidade são muito importantes num projeto desse tipo”, avalia. Felippe considera ainda que o diferencial brasileiro é a articulação com outras ferramentas de inovação do sistema financeiro como o open finance e o Pix.
Ao mesmo tempo em que os CBDCs estão sendo testados internamente, já existem algumas especulações sobre a possibilidade de utilizá-los para pagamentos internacionais, como foi sugerido quando o governo brasileiro falou da possibilidade de uma moeda comum para os países do Mercosul em 2023. Embora o assunto desde então foi deflacionado, o fator geopolítico continua a impulsionar a adoção de criptomoedas para transações transfronteiriças. Em julho, a Rússia aprovou projetos que legalizam criptomoedas no país e, em agosto, passou a permitir a “adoção experimental” de moedas digitais para esse tipo de transação. O objetivo seria contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia para punir o país pela guerra na Ucrânia.
Marlyson Silva, CEO da Transfero, afirma que o movimento é um caminho sem volta. “A Rússia não parou de comercializar ou importar fertilizantes porque um banco disse que não faria isso por ela. As transações de criptomoedas já são realizadas em todos os países”, comenta. “A dificuldade do regulador é como conectar todas as partes para confirmar se o agente está seguro.”
No entanto, os CBDCs ainda enfrentam uma resistência considerável da comunidade criptográfica, especialmente dos chamados “maximalistas de bitcoin”, que consideram as moedas digitais do banco central perigosas por trazerem o controlo estatal ao sector.
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