Com Down, criança de 2 anos começa a andar após ser estimulada por cuidadora: ‘Emocionada’, diz mãe

A expectativa dos médicos era que Bárbara Martins, de Urupês (SP), começasse a andar a partir dos quatro anos, mesmo com terapias. Na creche, a cuidadora Ivone Sassi trabalha a autoestima para tarefas básicas. Criança de 2 anos começa a andar após ser estimulada por cuidadora em Urupês Com diagnóstico de Síndrome de Down e cardiopatia congênita ao nascer, uma criança de dois anos, que até então não conseguia firmar o tronco para sentar, começou a andar mais tarde para iniciar um trabalho intensivo de estímulo com uma cuidadora em Urupês, interior de São Paulo. Participe do canal g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Além de complicações de saúde, Bárbara Martins Ferreira passou por uma complexa cirurgia cardíaca nos primeiros meses de vida. Por isso, a expectativa dos médicos era que a menina começasse a andar a partir dos quatro anos, mesmo com terapias. Com síndrome de Down, criança de 2 anos começa a andar após ser incentivada por uma cuidadora em Urupês. Porém, tudo mudou quando a criança ingressou em uma creche com educação inclusiva. Com o apoio da cuidadora, a pequena agora caminha e brinca em pé com outras crianças (assista ao vídeo acima). A notícia foi recebida com surpresa e lágrimas de emoção pela mãe, Elisa Martins. “Os médicos disseram que ela só andava aos três ou quatro anos, pois era muito ‘macia’ quando bebê. Antes ela era uma criança muito quieta. Então fiquei emocionado com ela dando os primeiros passos. Chorei de alegria”, comemora a mãe. Bárbara Martins começou a andar após receber ajuda no tratamento de uma cuidadora em Urupês (SP) Elisa Martins/Arquivo pessoal Avanços no desenvolvimento A presença de cuidadores em unidades de ensino, sejam escolas públicas ou privadas, está prevista desde 2008 pela Política Nacional de Educação Especial em Perspectiva Inclusiva. Contudo, foi apenas em 2014 que a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) definiu legalmente o papel deste apoio escolar, e atribuiu ao poder público a responsabilidade de garantir a prestação do serviço, quando necessário e de acordo com indicações médicas. Ivone ajuda Bárbara no tratamento para que ela se desenvolva em Urupês (SP) Elisa Martins/Arquivo pessoal No caso de Bárbara, a cuidadora escolar é Ivone Sassi, 37 anos, que a auxilia em tarefas básicas, como alimentação, locomoção e higiene íntimo e oral. À reportagem, a profissional explicou que começou a trabalhar com a menina no ano passado. Desde o início, Ivone detalha que foram desenvolvidas atividades recreativas na piscina de bolinhas, barras de pilates, coletes e andador. Além de incentivar Bárbara a caminhar, a cuidadora trabalha a confiança e a autonomia para tarefas básicas. “A Bárbara é uma criança atenciosa e gosta de participar das atividades. Recebi a missão de cuidar dela. Esse mês ela nos surpreendeu dando os primeiros passos, o que me deixou muito feliz. Através dos estímulos pudemos perceber os avanços e adorei”, destaca Ivone. Elisa Martins e sua filha Bárbara em Urupês (SP) Elisa Martins/Arquivo pessoal Embora seja verdade, os estados e prefeituras do país não têm profissionais ou vagas suficientes nas redes de ensino para atender às demandas dos alunos com deficiência, o que faz com que as famílias precisam ir a tribunal para obter acesso a cuidados. Por isso, Elisa disse estar grata por ter tido acesso ao direito a um cuidador especializado na creche de Bárbara, sem que ela precisasse recorrer a instituições legais. A cada etapa, a mãe comemora a evolução de Bárbara. “A estimulação é crucial no desenvolvimento dela. Percebo um novo avanço a cada dia. O tratamento dela é tudo e ela só melhora a cada dia”, comemora a mãe. Aos dois anos, Bárbara Martins começou a caminhar em Urupês (SP) Elisa Martins/Arquivo pessoal Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba. VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

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