Candidato a Prefeitura de Belo Horizontedeputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) participaram nesta segunda-feira (02) de audiência promovida pelo Valor, “O Globo” e rádio CBN. Apoiado por dois opositores políticos, o governador Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), disse não querer unir os dois, “porque isso é impossível”, e afirmou que lhes fez exigências em troca do seu apoio.
“Alexandre Kalil nunca me pediu cargo, a mesma coisa que o governo do estado fez. Vou fazer minha secretaria técnica. Já Zema e Kalil não pediram apoio, foi o plano que apresentamos. Não queremos unir os dois porque isso é impossível”, disse Tramonte.
E ele acrescentou: “Se estou na prefeitura, quem manda sou eu. Os partidos podem fazer indicações, mas isso não significa que não falaremos com outros partidos e receberemos indicações de pessoas para cargos técnicos.”
Tramonte foi o primeiro entrevistado nas audiências dos jornais Valor e “O Globo” e da rádio CBN com os principais candidatos a prefeito de Belo Horizonte, Rio e São Paulo. As audiências em BH estão sendo conduzidas pelas colunistas Bela Megale e Renata Agostini, de “O Globo” e CBN, pela apresentadora de rádio Shirley Souza e pela jornalista Cibelle Bouças, repórter do Valor.
Veja a entrevista completa aqui:
Na terça, o entrevistado será o atual prefeito Fuad Noman (PSD); o deputado estadual Bruno Engler (PL), na quarta; a deputada federal Duda Salabert (PDT), na quinta; e o senador Carlos Viana (Podemos), na sexta.
Todas as entrevistas serão transmitidas ao vivo pela rádio e pelos sites e redes sociais dos três veículos. No total, serão três semanas de audiências presenciais, com início às 10h30 e duração aproximada de uma hora.
Tramonte lidera a disputa eleitoral na capital mineira, segundo o último Pesquisa curiosadivulgado nesta quarta-feira (28), com 30% das intenções de voto. Em segundo lugar, o candidato Bruno Engler (PL) e a deputada Duda Salabert (PDT) aparecem empatados com 12%. Seguem-se Fuad Noman (PSD) com 9%, Carlos Viana (Podemos), com 8% e Rogério Correia (PT), com 6%.
Tramonte abriu a entrevista dizendo que não estava preocupado com o polarização. “Sim, perdi muitos votos, porque não polarizei”, disse, respondendo sobre as eleições de 2022, quando recebeu quase 400 mil votos a menos do que em 2018.
“Sei que os candidatos estão trazendo os padrinhos, mas também temos pessoas que têm poder de voto. Polarize, eu nunca vou polarizar”, completou o candidato, que tem patrocínio de Zema e Kalil.
Os padrinhos de Tramonte fazem parte de espectros políticos opostos, Zema é aliado de Jair Bolsonaro (PL), enquanto Kalil recebeu apoio do atual presidente Lula (PT) nas eleições governamentais de 2022, que perdeu para Zema. Questionado sobre o diálogo com o governo federal, Tramonte afirmou que, se necessário, pedirá ajuda.
“Para resolver os muitos problemas de Belo Horizonte, temos que conversar. Se eu precisar procurar o Governo Federal para pedir alguma parceria, eu vou procurar”, afirmou.
O candidato republicano também foi questionado sobre a sua posição em relação ao aborto legal e respondeu que, se eleito, cumprirá a lei em Belo Horizonte. A legislação brasileira permite o aborto em casos de risco à vida da gestante, malformação fetal ou estupro.
“Tudo o que protege a mulher eu defenderei, e tudo o que é lei eu farei, independentemente de alguém aprovar ou não. Temos que cumprir a lei”, afirmou ela durante a audiência. “Não é só uma questão de direitos, é uma questão de humanidade”, destacou o candidato.
O candidato republicano afirmou ainda que uma de suas primeiras ações, caso seja eleito prefeito da capital mineira, será “cortar desperdícios” na gestão municipal.
Criticou o aumento do número de cargos na prefeitura, de 86, durante a gestão de seu aliado Alexandre Kalil (2017 a 2022), para mais de 300 atualmente, no mandato de Fuad Noman (PSD), que disputa a reeleição e é seu adversário na disputa.
“Vamos começar cortando desperdícios para ter uma boa saúde financeira”, afirmou, reforçando que a prefeitura deve buscar recursos do governo federal e dos deputados, além de identificar áreas onde há gastos que possam ser reduzidos.
Marcha por Jesus e Parada LGBTQIA+
Questionado sobre a participação da igreja em sua gestão, Tramonte afirmou que está aberto a sugestões de todos os públicos mas nunca recebeu nem aceitaria solicitações específicas de entidades religiosassejam eles apoiadores ou não. “Trabalharemos para todos”, disse ela.
O candidato destacou que governará para todos os cidadãos do Belo Horizonte. “Continuaremos com o movimento LGBTQIA+mas também voltaremos com o Marcha para Jesus. Manteremos o apoio à Parada LGBTQIA+, além de outras atividades, como o hip hop também”, afirmou.
As duas semanas seguintes serão dedicadas às disputas pelos prefeitos do Rio e de São Paulo. De 9 a 13 de setembro, de segunda a sexta-feira, serão ouvidos os cinco principais candidatos à corrida carioca, segundo a mais recente pesquisa Datafolha ou Quaest.
Os entrevistadores dos candidatos cariocas serão os colunistas Lauro Jardim e Merval Pereira, da “Globo” e da CBN, os âncoras de rádio Bianca Santos e Leandro Resende, e a jornalista Camila Zarur, repórter do Valor.
A partir do dia 16 de setembro, os veículos entrevistarão os cinco primeiros colocados na disputa pela prefeitura de São Paulo. As audiências na capital paulista serão lideradas pelas colunistas Vera Magalhães e Malu Gaspar, da “Globo” e CBN, Maria Cristina Fernandes, do Valor e da rádio, e pelos âncoras Débora Freitas e Fernando Andrade.
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