agosto 2, 2024
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Alvo de reclamação disciplinar no CNJ, desembargadora defende manutenção de curatela de socialite do Rio com indiciado por violência psicológica e maus-tratos

Alvo de reclamação disciplinar no CNJ, desembargadora defende manutenção de curatela de socialite do Rio com indiciado por violência psicológica e maus-tratos
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A magistrada Valéria Dacheux, da 6ª Câmara de Direito Privado, disse ao Conselho Nacional de Justiça que adotou todos os cuidados necessários ao bem-estar físico, mental e patrimonial da idosa, mas não mencionou investigação da Polícia Civil Câmara. Em resposta a questionamentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a desembargadora Valéria Dacheux, da 6ª Câmara de Direito Privado do Rio de Janeiro, não mencionou o indiciamento do ex-motorista José Marcos Ribeiro por violência psicológica e maus-tratos a idosos em para defender sua sentença que manteve a tutela da socialite Regina Lemos Gonçalves, a quem a Polícia Civil chamou de “agressora”. Valéria Dacheux é alvo de investigação aberta por determinação do corregedor nacional de justiça, ministro Luis Felipe Salomão, a pedido da Ouvidoria Nacional da Mulher. A defesa da socialite afirma que o juiz ignora pedidos e questionamentos feitos por advogados no processo. A carta que resultou na abertura de inquérito pelo CNJ menciona que Regina foi detida em cárcere privado e maltratada por José Marcos Ribeiro e que o juiz não acreditou na palavra da vítima, agindo “em conjunto com a defesa do acusado (copiando declaração do agressor em sua decisão) para manter a tutela do agressor” e também atuar “contra seus pares no TJRJ, suscitando suposto conflito de competência”. Ex-motorista acusado de manter socialite em cárcere privado diz ter sido seu companheiro No documento enviado ao CNJ e obtido pelo Estúdio I, a magistrada Valéria Dacheux traz trechos e justificativas de sua decisão no dia 25 de abril, quando manteve a tutela de José Marcos Ribeiro e não transferiu para outros familiares da idosa, alegando que os familiares tinham interesses financeiros e não estavam preocupados com a saúde de Regina. “Portanto, verifica-se que familiares que não tinham ligação com a idosa “se apressaram” em transferir bens e direitos em nome da recorrente, o que demonstra que a preocupação sempre foi com a destinação de seus bens. , nenhum impedimento é encontrado, de modo que o agravante [José Marcos Ribeiro] poderão exercer a tutela da mulher interditada, tendo em vista que as relações afetivas recíprocas existentes entre elas apenas deverão contribuir para o sucesso da assistência que deverá ser prestada à idosa”, afirma a decisão. A juíza conclui suas denúncias ao CNJ – no dia 18 de julho – dizendo que “adotou todos os cuidados necessários ao bem-estar físico, mental e patrimonial da idosa”, mas não menciona que há pedido da Justiça Cível Polícia para que a tutela seja retirada do ex-motorista da socialite Em investigação relatada ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o delegado do 12º Distrito Policial (Copacabana) Angelo José Lages Machado classifica José Marcos como “ agressor do isolamento”. de parentes e amigos, a tal ponto que o apartamento de 600 metros onde a vítima morava com o agressor não tinha mais funcionários cadastrados, quando antes ela tinha vários funcionários, mostrando que José Marcos a isolou para poder controlar livremente suas ações”, disse declarado no boletim de ocorrência policial. As respostas de Valéria Dacheux aos questionamentos do Conselho Nacional de Justiça foram endereçadas ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, no dia 18 de julho, oito dias após o indiciamento de José Marcos Ribeiro. A reclamação disciplinar ainda tramita no CNJ. Socialite Regina Lemos Gonçalves Reprodução Fantástica Viúva de milionário e disputa judicial Viúva de Nestor Gonçalves, fundador da Copag (famosa marca de baralho) e fazendeiro, falecido em 1994, Regina teria herdado 500 milhões de dólares, joias, relógios, obras de arte , fazendas e mansões. As disputas judiciais entre a família de Regina e o companheiro José Marcos Ribeiro existem desde 2016, mas em 2024 se intensificaram. Regina e José Marcos mantêm um relacionamento estável desde 2021, mas Regina nega o relacionamento amoroso e afirma que ele era apenas seu motorista, acusando-o de agressões, maus-tratos, além de ter sido assaltado por ele. No dia 2 de janeiro, José Marcos Ribeiro afirmou que teve um “surto” e foi para a casa do irmão em Copacabana, onde permaneceu cerca de dois meses. A família da socialite o acusa de cometer violência psicológica e doméstica, além de ameaças. Ele também é acusado de roubar joias e outros objetos de valor que faziam parte do patrimônio de Regina. Em depoimento à Polícia Civil, a socialite disse que sofreu danos emocionais e físicos, cometidos por José Marcos Ribeiro, e que estava com fome e sede, além de estar impedida de interagir com amigos e familiares. Socialite Regina Lemos Gonçalves Reprodução Fantástica Em abril, laudo assinado por perito judicial atestou ser “possível” que a socialite fosse “suscetível à manipulação e implementação de falsas memórias”. No final do mesmo mês, a desembargadora Valéria Dacheux, da 6ª Câmara de Direito Privado, contrariando decisão de primeira instância do Tribunal de Justiça, manteve a tutela provisória de Regina junto ao companheiro e revogou a medida protetiva de afastamento dos dois, mas uma decisão da 3ª Vara Criminal manteve a medida protetiva da socialite contra o ex-motorista. Ao Fantástico, José Marcos reconheceu que chegou a Regina em 2010, indicado por um amigo para trabalhar na casa. Mas ele diz que logo desenvolveram um relacionamento romântico. O ex-motorista mostrou vídeos e fotos de como era a vida deles juntos. “Mas é justo (manter a tutela dele). 13 anos com ela. Nunca abandonei”, disse o ex-motorista.

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